#12 ≣ Achadinhos do Branding
Na edição de hoje a gente comenta o ranking 100 Startups To Watch e você confere alguns higlights de um workshop com participação da VP de Marketing da Hulu. Vem comigo!
Fala, Bruxões! Tudo bem?
(Sim, isso foi uma referência ao Caco Cardassi, do canal Caldeirão Furado!)
Talvez você não tenha visto, mas esta semana lá no meu Linkedinho eu comemorei a marca de mais de 1,000 assinantes do Achadinhos do Branding! Eu quero, novamente, agradecer demais a você que veio comigo ate aqui nessa jornada desde o início ou que tenha se juntado a nós recentemente. O Achadinhos é uma newsletter feita com muito carinho, com um olhar para branding de um jeitinho diferente.
Bora lá então?
📅 Previously on AdB #11 - O que você pode ter perdido sobre a edição passada:
👁️ Brand to Watch: Purple Metrics
A Pequenas Empresas & Grandes Negócios lançou seu ranking anual 100 Startups To Watch. Desenvolvida em parceria com as consultorias Elogroup e Innovc, ao todo, mais de 2.000 empresas se inscreveram. As marcas foram avaliadas nos seguintes tópicos: inovação, potencial de mercado, negócio e escalabilidade, equipe e maturidade da solução. Tá, e o branding (que também impacta muito no negócio)? Essa avaliação você só vai obter aqui no Achadinhos. hehe Bora lá?
Bem, eu poderia elencar vários critérios para essa análise. Afinal de contas, branding é algo muito extenso e que contempla diferentes frentes de atuação. Alguns dos requisitos que pensei em avaliar foram: comunidade de fãs da marca, entrada em mídia orgânica a partir de PR, atuação nas redes sociais, atuação em canais proprietários, NPS, e vários outros. Mas como eu não tenho acesso a informações de dentro dessas empresas, ficaria mais difícil.
Então, eu optei por ser menos ortodoxo com a metodologia e fazer uma avaliação um pouco mais livre mesmo, a partir apenas de percepção, porém seguindo esses parâmetros. Assim, dentre as 100 marcas da lista, é possível concluir que a que melhor vem trabalhando o branding só poderia ser ela... a Purple Metrics, é claro.
Por quê? A Purple tem dois trunfos na mão: primeiro, eles já são especialistas em (metrificação de) Branding, então, saber fazer isso é meio que premissa básica do negócio né; o segundo trunfo, diferente das demais empresas da lista, é que eles têm uma persona icônica que é a porta-voz, a alma, e cara da Purple: a Guta Tolmasquim. O que eu gosto no caso da Purple é que, diferente de outros influenciadores que têm empresas, a Guta consegue dar um outro tipo de tom pro negócio (você consegue ver uma jornada empreendedora no conteúdo dela) ao mesmo tempo em que a empresa cresce e anda por conta própria também.
Sobre o restante da lista, uma das percepções que ficam evidentes é que empresas B2B investem muito pouco em Branding. Claramente não é uma prioridade porque não estão focados em falar com CPFs. Mesmo assim, é lamentável. Outra percepção que fica é que comunicação é sempre a última das prioridades para as empresas, porque muitas delas claramente não tem uma estratégia ou talvez até mesmo braço para tocar as demandas de comunicação e cultura.
Vale destacar o bom trabalho das empresas Seedz, BHub, Conta Simples, Franq, Pagaleve, Agroforestry Carbon, Tractian, Typcal, SuperFrete e mais algumas outras.
Agora me responde uma coisa…
🏆 Achadinhos da Semana
Marcas, profissionais e principais tópicos de branding
📉 #1 Marcas ativistas? Os estadunidenses estão um pouco cansados disso
Lá nos EUA, uma pesquisa da Bentley University e da Gallup revelou que caiu o número de pessoas que acreditam que as marcas deveriam tomar posicionamentos sociopolíticos públicos acerca de acontecimentos atuais. Publicada no Wall Street Journal, a pesquisa, que rodou entre maio de 2022 até o mesmo mês de 2023, mostra que no ano passado 48% dos estadunidenses tinham essa expectativa e demandavam posicionamentos sobre as marcas, mas o número caiu para 41% esse ano.
A Gallup também descobriu que a maioria dos consumidores jovens, negros e asiáticos ainda querem que as marcas se pronunciem sobre questões que são importantes para eles. E a maioria dos entrevistados em geral disse que as empresas deveriam se manifestar sobre questões específicas das mudanças climáticas e da saúde mental. A pesquisa ouviu mais de 5,400 pessoas. Como você acha que esse fenômeno ocorre aqui no Brasil? Me conta nos comentários na página do substack!
🐶 #2: O Rebranding polêmico da Petz
Com certeza você viu ou ouviu falar do rebranding da Petz, né? O logo 3D e redondo anterior, foi elaborado pela FutureBrand. A Petz não confirmou publicamente, mas indícios apontam que o rebranding teria sido feito internamente, e não encomendado a outra agência. Fato é que houve quem saísse em defesa da nova marca e houve muito hate com alegações de minimalismo vazio. O que você achou? Gosto das análises do Luiz Ribetav.
Quem Procura, Acha 🙈🙉🙊
Achadinhos criativos e inspiradores para novas sinapses
Há cerca de cinco ou seis edições, eu recomendei o Brand Session Workshop (BSW), oferecido pelo Renato Winnig, Global Head de Branding da Natura. A recomendação acabou rendendo a minha participação como ouvinte na edição 7 do BSW. A cada edição, o Renato traz um convidado especial para falar em um dos três dias do workshop. Neste, tivemos a oportunidade de trocar uma ideia com a Paloma Azulay, que ocupa o cargo de VP de Brand Marketing da Hulu, empresa do grupo Walt Disney.
Como eu prometi no post que fiz no meu perfil do LinkedIn, trago alguns dos highlights desse papo com ela e a minha percepção sobre o encontro.
▪️ "A marca tem que ter um conteúdo, uma história, que as pessoas tenham desejo de assistir. Ninguém acorda um belo dia com vontade de assistir uma propaganda." Ela mencionou o caso de celebridades que contaram suas histórias reais de relacionamento com uma marca e como eles contaram isso num filme;
▪️ Se o seu reportório de referências é pequeno, menos condições você tem de criar coisas originais e incríveis. O legal é poder pegar uma coisa de cada lugar e misturar tudo isso para criar algo novo e memorável. É como um cozinheiro: não dá pra fazer um prato sem ingredientes. Ela menciona o livro "Roube como um Artista" que traz bem essa ideia.
▪️ Consistência é um dos principais segredos para tornar uma marca amada pelo público. Mesmo em momentos de desafio para a marca, como crises de imagem, é a consistência ao lado de outras estratégias que vai sustentar a relação positiva do consumidor com a marca.
▪️ É importante estabelecer um relacionamento interno positivo com os parceiros que podem aprovar ou barrar ideias criativas. A criatividade exige algum nível de risco e em empresas com culturas mais conservadoras o jeito mais fácil de superar obstáculos para levar uma boa ideia adiante é estabelecer um relação de confiança com as pessoas que vão ajudar a colocar isso na rua.
O BSW não é um curso no sentido de que você vai aprender um passo-a-passo ou coisas do tipo. Durante esses três dias, você vai receber uma enxurrada de insights, pontos de vista, referências, benchmarking, análise do que é feito dentro e fora do país e muito mais. Fora a possibilidade de networking com profissionais incríveis da nossa área.
O Renato está com vagas abertas para a edição 8 do Brand Session Workshop e o convidado da vez é ninguém menos que Brian Collins, Co-Founder e Chief Creative Officer da Collins. Inscreva-se aqui.
That’s all, folks. Este foi o Achadinhos de hoje.
Um beijo & um queijo. Até a próxima sexta de manhã!