#30 ≣ Achadinhos do Branding 🔥
O Rebranding da Boca Rosa repercutiu hein. E você notou que as marcas estão engajando menos no Mês do Orgulho? Vem conferir isso e muito mais na edição de hoje!
Olá!
Quero começar a edição de hoje agradecendo a você que segue acompanhando o Achadinhos do Branding. Recentemente, ultrapassamos a marca de mais de 2 mil inscritos, somando os assinantes do Linkedin e do Substack.
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O Rebranding da Pink Mouth 👁️👄👁️
O mundinho do Branding e da Beleza chacoalhou recentemente com o rebranding polêmico da marca Boca Rosa, que ironicamente, agora, é uma boca cinza rs.
Num social listening simples, apenas passando o olho pelos comentários, percebemos que a percepção geral do público não agradou. E o motivo parece ser um só: muito da maquiagem é sobre cor, e agora a marca abandona uma cor viva para abraçar um tom tão neutro que parece não ter vida. Simplesmente, apagaram tudo. Pintaram tudo de cinza. Tal qual fizeram com as mensagens de Gentileza aqui no Rio e com os grafites coloridos que enfeitaram São Paulo.
Particularmente, acredito que a marca entrou numa contradição: com a nova cara, ela tem a intenção de passar uma mensagem de luxo, poder e requinte (que agregam valor financeiro e reputacional à marca) com a adoção de cores muito neutras e tipografia e design de logo minimalista; por outro lado, a marca está seriamente estabelecida com elementos lidos como mais populares ou até mesmo mais descontraídos, como uma tipografia cursiva (em beauty) e a utilização do rosa. Para mim, essa foi a mudança que gerou tanta estranheza.
Houve quem chamasse de Boca Morta nos comentários. E por mais duro que seja ler isso, é natural pensar que uma boca de pressão baixa, isto é, sem cor nenhuma, realmente passe essa mensagem. O minimalismo de uma fonte e até mesmo o branco, preto e cinza estão presentes em marcas consagradas no imaginário no segmento de luxo, como Gucci, Chanel, Dior e Hermès. Quais marcas brasileiras no segmento de beleza e que sejam de luxo você consegue lembrar? Talvez a estratégia esteja indo neste sentido.
Por fim, eu gostaria de elogiar o pitch no manifesto. Eu, que já cuidei muito de mensagens-chaves nos meus tempos de relações públicas, posso dizer com propriedade que o texto de defesa da nova marca é excelente. E também é a prova de que é possível encontrar argumentos até para o que poderia ser indefensável. Porém, é raro que apenas uma narrativa sozinha consiga sustentar o que os olhos veem. É como diz o ditado…
Uma imagem logo vale mais que mil palavras.
A seguir, deixo algumas outras opiniões que recomendo, caso você queira mergulhar mais nesse tópico: 1. a opinião do desinger Luiz (Ribetav); 2. a opinião do designer Marcelo Kimura; e 3. a opinião do especialista em branding e da especialista em Moda e Beleza, Galileu Nogueira e Carla Ramalho, respectivamente.
📅 Previously on AdB #29 - Leia aqui a edição passada.
Achadinhos
🌈 Denúncia: o Mês do Orgulho continua, mas parece que as marcas não estão mais tão interessadas em fazer parte disso. O Chris, do Diversidade Nerd, comentou o fenômeno.
🦓 Galileu Nogueira e Vinícius Gambeta se uniram para falar de… Branding, é claro. Nesta collab, eles mostram um jeito simples de explicar o conceito.
👾 Employer Branding: A IKEA vai contratar pessoas na Irlanda e Reino Unido para trabalhar em suas lojas. Mas não as lojas físicas, e sim lojas virtuais dentro do jogo Roblox. Tá passada?
🤑 Retorno sobre investimento: por que branding e receita tem tudo a ver? Isso foi tema do Purple Pills e virou esse conteúdo bastante didático.
🟠 Passou quase despercebido, mas a Clicksign fez um rebranding. Não só abandonou o azul pelo laranja, como trouxe um novo posicionamento de marca.
✊ Sabia que a Globo não tinha uma diretoria dedicada ao Marketing? Mas agora tem e quem lidera é Samantha Almeida, que cuidava de diversidade e inovação antes.
Obrigado pela sua audiência. Manda a news para aquela sua amiga ou amigo que vai curtir. Até sexta que vem!
Um beijo & um queijo.