#26,5 ≣ Achadinhos do Branding 🔥
Uma carta aberta de pedidos de desculpas para você em plena segunda-feira.
Vocês não sabem o prazer que é estar de volta.
Sim, eu estou vivo. rs
A que custo é que são elas, né. hahaha
Brincadeiras à parte, na última edição do Achadinhos (há 84 anos) eu disse que essa news passaria a ser mensal, apesar de, no fundo, eu não ter de fato o desejo de mudar essa perioriodicidade. Mas mal sabia eu que ao afirmar isso eu estava me enganando e te enganando. Por isso, admito: errei, e tal qual menino Ney, fui muleke.
Mas olha, aqui não tem roupinha branca e cara limpa, sem nenhuma make, pra esse pedido de desculpa. Não tem kaô aqui não.
Eu perdi um pouco do ânimo de fazer o AdB nos últimos tempos porque eu andei sobrecarregado, e me vi preso num compromisso que não estava me dando prazer. Mas, estamos de volta. E você pode estar se perguntando: “Semanalmente, João?”.
E eu te respondo: Não vamos colocar uma meta. Quando a gente atingir a meta, a gente dobra a meta.
“Ah João, mas eu queria o Achadinhos toda semana como era antes”
Pois é, e eu queria ser a Beyoncé. Mas uma acadêmica de Estudos de Cultura disse num artigo acadêmico uma vez que “a gente não é o que a gente quer ser. A gente é o que a gente consegue ser” (SECCO, Débora. Mais Você: 2019).
É muito gostoso fazer o AdB, porque me sinto muito livre. Mas o lado ruim disso é que tem compromissos que a gente inventa e viram fardos. Então, pra me incentivar, cola aqui com uma cervejota que já faz minha alegria.
Brincadeira. Mas se vc falar bora, eu boro. 👀
Fast Founds
🏆 A-List: As agências estadunidenses mais criativas do ano segundo a Ad Age
🧴 A Natura entrou no mercado de Home Care com a linha Bothânica. A pergunta é: por que tudo que essa empresa faz é lindo e chique?
🌼 Essas queridas dando uma aula de customer experience e branding com flores
🤣 Agora a propaganda com trend de tik tok foi longe demais e o Matheus pode provar
🔢 A “πzzaria” que deu essa aula de originalidade.
🌱 E o curso ESG, da box 1824, está disponível gratuitamente só até 10 de junho. Corre!
Influenciadores?
Já repararam nessa onda de anônimos que do dia para noite passam a ter milhares ou até milhões de seguidores? A Camila, ex do Buda; aquelas mulheres que estão alojadas no McDonald’s da zona sul do Rio; o personal trainer da Graciane… Aí de repente essa galera tá fechando publi, tá vendendo algum produto, tá fazendo collab.
Eu só queria dividir com vocês um sentimento que eu tenho sobre as coisas em que o capitalismo toca: absolutamente tudo que essa desgraça põe seus tentáculos perde a alma e a espontaneidade. É incrível e lamentável esse fenômeno.
Há 15 anos as pessoas começavam um movimento cultural genuíno de seguir desconhecidos que tinham algo para falar em redes sociais, que tinham algum carisma, alguma coisa. Um dia, isso ganhou o nome de “influenciador”. Depois, as marcas começaram a fechar propagandas nesse “novo canal de mídia”. E então esse setor começou a se profissionalizar. De repente, haviam cursos, estratégias, hacks e tudo mais sobre como conseguir mais seguidores, como monetizar em cima disso, e a produção de conteúdo virou uma coisa triste pelo ritmo de fábrica. É como já tem gente falando por aí: os motoristas foram uberizados, os entregadores foram ifoodizados e zedeliveryzados, e os produtores de conteúdo também foram forçados a entrar nessa lógica nas plataformas.
Eu gostava da produção de conteúdo e dos influenciadores quando eles eram mais parecidos com quem faz arte. A arte tem essa coisa bonita de ter o seu próprio tempo para se realizar, de ter sua autenticidade, de ter seu propósito. Hoje a gente vê fenômenos que nem esses citados na abertura do texto… uma pessoa aleatória que do dia para a noite ganha milhões de seguidores por estar numa fofoca…
Há um tempo, eu vi dois influenciadores falarem sobre as suas relações com o tempo e o conteúdo e sobre seu afastamento das redes para ter o que dizer depois. A Larinha, que faz umas reflexões lindas diretamente da França, e o Guilherme, que é arte-educador e é conhecido pelo seu trabalho como a drag queen Rita von Hunty. Veja esse vídeo da Lara e esse da Rita (minuto 26).
Fiquei pensando… será que minha ausência nesses últimos 3 meses foi um período de “reflorestamento” também - como dito pela dona Ritinha -? Gosto de pensar que sim.
Se você sentiu minha falta, deixa um comentário 🖤
Olha, voltaremos nas sextas com tudo hein.
Pra encerrar essa edição-surpresa, uma musiquinha bem pertinente: