#07 ≣ Achadinhos do Branding
Branding & gerenciamento de crise: mundos não tão distantes. Dois vídeos para te fazer pensar, um Summit para não perder e um catadão de insights e highlights de uma mentoria de Carreira. Só vem!
Tempo de Leitura: 15m 28s
O--LÁ, meninos e meninas! 🥄
(Se o seu sovaco também suou, é pq você catou a referência do Me Poupe)
Ai, gente, é tanta coisa para falar numa newsletter semanal que o desafio é não tornar ela quilométrica. Eu comecei a escrever esse bloco dizendo que eu ia fazer o meu melhor para não ficar muito longo, mas eu falhei miseravelmente e voltei pra reescrever essa parte. 😞
Bom, talvez você não saiba, mas eu não sou publicitário apesar de amar Branding e construção de marcas. Isso pode ser chocante para você (ou nem tanto), mas eu sou jornalista. E o melhor? Grande parte da minha experiência nesses 8 aninhos de carreira é em Relações Públicas. Sim, uma salada myshtah (pois sou carioca) da comunicação. E sabe de uma coisa? Eu amo isso.
Mas por que que eu to falando isso? Pois sou maluca? Não. Quer dizer, sim, mas não. Na real é porque eu, que cuidei por 2 anos da frente estratégica de logística e entregadores em PR no iFood (e escrevi muitas notas de esclarecimento sobre babados com entregadores) sei muito bem de uma coisa:
✨ construção de marca também passa por prevenção e gerenciamento de crise ✨
“Ah, João, mas prevenção e gerenciamento não geram valor para o público”. E é verdade, eu concordo. Mas esses dois cuidados importantíssimos e comumente negligenciados blindam ou minimizam os impactos negativos no valor que foi conquistado até agora.
É, gata, o babado é forte. E quem tá vivendo esse babado forte agora é a 123Milhas.
Você deve ter visto nas últimas semanas o caos que a marca está vivendo. De centenas de denúncias no PROCON por clientes lesados, passando por demissão em massa, convocação para prestar esclarecimentos na CPI das Pirâmides Financeiras e a recente entrada com pedido de recuperação judicial. Aqui no G1 você entende melhor.
Mas resumindo o motivo pelo qual a situação chegou nesse ponto: na pandemia, com baixa demanda de viagens porque todo mundo precisava ficar trancado dentro de casa, a 123Milhas vendeu passagens com preços abaixo do mercado garimpados na época - preços que existiam de verdade. Só que com a retomada da vida normal (na medida do possível), o mercado aqueceu de novo e os preços voltaram a subir. Aí como faz para arcar com os custos de passagens baratas vendidas se os preços voltaram a subir? Pois é, a conta não fechou.
Bem, eu sou um jovem pobre, nascido na periferia do Rildy Janeiro e ainda não fiz uma viagem internacional (mas ano que vem tem que sair!!!). Meu irmão mora na Alemanha há 2 anos e vive me cobrando de ir - entschuldigung (desculpa), Pedro. Há 3 meses eu estava com minha amiga Camila Tomàz tomando uma cervejota no Bixiga, em São Paulo, quando ela me disse: eu to indo tirar férias na Inglaterra e comprei minha passagem pela 123Milhas baratinha. Eu só conhecia de nome a marca, mas fiquei impressionado com as facilidades e preços que ela conseguiu. Imediatamente baixei o app, mas ainda não comprei minha passagem para Köln (ainda bem, eu acho).
Eu queria trazer uma análise da marca muito mais profunda do que essa abertura da newsletter me permite. Estou estudando maneiras de oferecer mais conteúdo, com mais profundidade. Aceito sugestões, inclusive.
Bom, é isso. Segue atualização do meme da falência:
Junho: Foi de Lojas Americanas.
Julho: Foi de Larissa Manoela.
Agosto: Foi de 123Milhas.
🏆 Achadinhos da Semana
🤖 Gratuito e online, vem aí, no dia 26 de setembro o CMO Summit, com mais de 100 executivos de marketing de grandes empresas para compartilhar insights. Com uma turma de speakers de peso, a edição 2023 foca em IA e novas metodologias de trabalho aplicadas ao marketing. Parece que vem muito aí, meninas. Inscreva-se aqui.
🖼️ Como fazer um belíssimo MoodBoard para construção de uma marca pessoal, com Ketherin Kaffka. Se liga nesse passo a passo aqui.
👵 O que podemos aprender sobre Branding com influenciadores digitais? Muitos deles conduzem suas próprias marcas ou suas personas acabam sendo suas marcas. Recentemente, a Lorelay Fox lançou um vídeo de perguntas e respostas comemorando seus 1 milhão de inscritos no YouTube - uma construção de anos. E é muito interessante ver como Branding é mesmo um trabalho que demanda tempo. No vídeo, a vovozinha fala sobre coerência de conteúdo, sobre recusas ao que não faz sentido com o propósito de marca, e muito mais. Assista com olhos de Branding aqui.
🤯 Utilidade pública: um vídeo do Junior Kuyava, do canal Vida Simples (sobre minimalismo) para pessoas que começam iniciativas e não terminam e para aquelas que sabem que deveriam estar fazendo alguma coisa e não estão - ou seja, basicamente todo mundo. Mas o ponto é que esse vídeo fala sobre consistência, além de várias outras reflexões importantes bem importantes, como o conceito de resistência. Ele usa de exemplo como ele construiu a marca do Vida Simples para ilustrar como case de sucesso. Sério, só assiste, confia.
💥Achados & Perdidos
Hitou (às vezes não, mas deveria)
O hitou de hoje não poderia hitar e eu explico o porquê. Nesta terça eu tive uma mentoria de Carreira com o Bruno Pegoraro, Gerente de Treinamento do Tik Tok, que também passou por L’Oreal e Google. Ganhei isso porque eu sou lindo & cheiroso? Eu queria dizer que sim, pois sou mesmo, mas não foi por isso. Foi porque vários de vocês se inscreveram pelo meu link (<3) naquele evento de final de semana que a Escola Conquer abriu os cursos gratuitamente. Aliás, se você se inscrever pelo link do CMO Summit no bloco acima eu também posso ganhar uns benefícios aí e isso também vai ser bom para vocês - então me ajuda, vai, nunca te pedi nada.
Mas, enfim, você achou que eu ia guardar todas as dicas da mentoria só pra mim?
Bom, como vocês me deram esse presente, nada mais justo do que retribuir com um presente de volta para vocês, não é mesmo? Por isso eu compilei aqui no Achados & Perdidos alguns highlights e insights desse papo de uma horinha para vocês. Let’s bora?
Sobre oportunidades de trabalho
“Não escolha a vaga, escolha seu chefe”. - Calma, antes de me jogar hate nos comentários, vale contextualizar que essa é uma escolha que claramente (e infelizmente) nem todo mundo pode fazer. Então, SE VOCÊ PUDER, procure se guiar bastante por quem vai ser sua liderança na vaga que você está aplicando. Escolha um líder que possa te dar bons feedbacks e investigue sobre o clima na empresa para saber onde você está pisando. Para você que é da comunicação, sabe que sempre rola aquelas planilhas com comentários sincerões sobre as experiências de diversos profissionais nas maiores agências do país.
Sobre olhar para o profissional que somos
“O primeiro passo do autoconhecimento é saber e aceitar que não somos perfeitos e que as pessoas vão nos criticar. Autoconhecimento é diminuir ego. É deixar ele ser ferido e pensar no que a outra pessoa vai trazer: tá, o que eu vou aprender com isso? Todas as interações são aprendizados, sejam elas boas ou ruins, porque a gente sempre vai conseguir tirar algo dali”, he said. Essa aqui me impactou, meninas.
Sobre o equilíbrio que reside no desequilíbrio
O Bruno compartilhou um ponto de vista muito curioso sobre a busca (impossível?) contemporânea pelo equilíbrio nas diferentes esferas da vida: família, relacionamento, trabalho, cuidados com a saúde, etc. Para ele, “o equilíbrio está no desequilíbrio. O equilíbrio é dinâmico. Isso significa que às vezes a gente precisa se concentrar mais num aspecto da vida do que no outro. Um momento onde a gente prioriza uma área e menos a outra, e quando sentir a necessidade, muda”. Eu gostei desse jeito de pensar porque sempre tem uma área da vida que tá xoxa, capenga, manca, frágil e inconsistente e lidar dessa maneira pode ajudar a gente a se sentir menos frustrado.
Sobre lideranças que queremos & precisamos ser
“Se o seu chefe não entendeu que não é sobre ele cobrar e sim sobre ele ensinar, não vai ser bom. Uma liderança humana é o que vai levar a gente pra frente como profissionais. Delegar não é mandar. Um líder dá visibilidade de como as tarefas podem ser realizadas, principalmente através da experiência que ele já teve fazendo, mas sabendo que é importante ter espaço para o outro experimentar e trazer a maneira dele. O líder serve ao time”. Se você postar isso como indireta para o seu líder, eu não me responsabilizo.
Sobre a percepção individual do que é sucesso
Eu disse para ele que penso a mesma coisa que ele falou: “Pra mim, ter sucesso é diminuir minha carga horária de trabalho e aproveitar mais a minha vida”.
Achei honesto e achei necessário. Eu mesmo fiquei pensando se uma frase como essa poderia passar uma mensagem errada e negativa de que eu não gosto de trabalhar. E, puxa, eu amo tanto o meu trabalho que eu criei uma newsletter que não me dá 1 centavo para viver mais essa paixão. Mas poxa, também tem tantas outras coisas que eu amo fazer e merecem espaço no meu dia, sabe? É sobre equilíbrio no desequilíbrio, lembra?
Para acabar, queria deixar pra você apenas essa frase que ele disse e que alugou três triplex na minha cabeça. Segura essa marimba:
Consistência é ser, de fato, quem a gente quer ser todos os dias.
Quem Procura, Acha 🙈🙉🙊
Achadinhos Inspiradores Veganos Gourmet
Hoje eu vou poupar vocês de mais conteúdos aqui nesse bloco porque essa newsletter já está desumana desse tamanho. Mas fica a enquete:
That’s All, Folks.
Não deixe de me acompanhar no linkedinho. Um beijo & um queijo. Inté sexquivem!