#05 ≣ Achadinhos do Branding
Veja no AdB#5: SmartFlintstones, aprendizados em social após 6 mil publicações, e um debate importante: a tendência da monetização dos hobbies, o impacto disso e o que isso significa.
Tempo de Leitura: 10m 33s
Bom dia, boa tarde & boa noite!
(Sim, isso foi uma referência ao Medo e Delírio em Brasília)
Começo essa edição do Achadinhos com uma pergunta especial para você:
Quantas vezes você já pensou em fazer dinheiro com um hobby seu?
Pois é. Adivinha só. Eu comecei o Achadinhos despretensiosamente, apenas no intuito de compartilhar algumas descobertas de ações de branding legais e esforços de marketing e comunicação no geral. Quando eu levei o Achadinhos para o Substack, descobri que tinha uma funcionalidade de cobrança pelo conteúdo, para monetizá-lo. Na hora, eu até achei legal, embora eu não tenha pretensões de cobrar por isso. Mas essa semana eu me deparei com uma notícia que me fez refletir muito.
Segundo uma reportagem da Insider, a inflação e o pessimismo sobre a economia (além das facilidades da internet) está levando as pessoas a transformar seus hobbies em atividades comerciais. Ou você pode interpretar assim também: o capitalismo, mestre em fazer dinheiro com absolutamente tudo, está forçando todo mundo a entrar na economia do bico (Gig Economy).
E talvez você possa estar se perguntando: “mas por que isso é um problema? Imagina fazer algo que você gosta muito e ainda ganhar dinheiro com isso. Parece um sonho, não?”
A questão é que evidentemente a nossa relação com aquela atividade muda. O hobby tem uma caraterística terapêutica intrínseca, justamente por ser um momento de prazer, de autocuidado, de diversão, de bem-estar, de alienação, de autodescoberta e provavelmente muito mais. Segundo a matéria, pesquisas apontam que os hobbies reduzem o estresse, e ajudam a diminuir o risco de doenças, consequentemente prolongando a nossa vida.
Quando a gente monetiza isso, outros critérios para essa atividade ganham mais peso: a responsabilidade com a regularidade, o controle de qualidade e busca por aumentar sempre essa régua, as metas para obter mais lucro, a meta de crescimento de base de clientes, e muito mais.
Veja bem, não estou condenando essa escolha, até porque, fica claro que as pessoas são levadas a isso para complementar renda. Mas fico me perguntando: o que sobra de terapêutico nisso? E em que momento a gente vai poder desfrutar um pouco da vida sem nos preocuparmos com a ditadura da produtividade?
🏆 Achadinhos da Semana
📱 Conheça o Brand Archive, uma iniciativa de profissionais britânicos que reúne num repositório minimalista uma série de marcas, com tipografia, paleta de cores e direção de arte. Este é o site, mas vale dar um bizu no insta deles também.
👟 Branding sem publicidade é possível? A Flora Setta fez uma análise muito interessante da marca de tênis VERT (VEJA) nesse carrossel no linkedinho. A estratégia de divulgação mais orgânica parece estar funcionando. Aproveita e já olha o insta deles também.
⭐ Após mais de 6 mil posts nas redes sociais ao longo de 12 anos, o Plugcitários compilou aprendizados valiosos sobre produção de conteúdo para social. Dá uma olhada aqui ó.
👥 O Vitor Peçanha, lá da Rock Content, cantou a bola: use as redes sociais para ter alcance, mas sempre construa seus canais próprios. Um cuidado que eu venho tendo desde o início dessa minha jornada com o Achadinhos é de salvar os leads em lugar seguro. Independente de Linkedin ou Substack. Vocês, que são a comunidade que estão comigo, são a razão de eu estar aqui fazendo toda semana uma curadoria. Por isso não posso ficar à mercê. Você tem cuidado dos leads da sua marca?
🦖 Smart…Flintstones? Aqui no Rio de Janeiro, ali no Arpoador, fica a SmartFlintstones ou BodyTreco - uma academia ao ar livre feita de sucata e blocos de concreto. Rústica e com uma vista maravilhosa, a academia gratuita e comunitária surgiu de uma Parceria Público-Privada (PPP) há mais de 40 anos, entre uma marca (que eu procurei muito pra descobrir qual e até agora não sei) e a prefeitura do Rio. As PPPs são um instrumento bem legal com consequências positivas no branding e com retorno para a sociedade. Veja a matéria completa sobre essa academia aqui.
“A academia surgiu de uma parceria na década de 1980 entre uma marca e a prefeitura. A União, já que o terreno era da Marinha, cedeu o terreno para a prefeitura. Em parceria com uma marca, eles colocaram alguns aparelhos aqui: barras paralelas, nada muito sofisticado, tudo bem rústico”, conta Braga.
Já imaginou qual ação sua marca poderia criar junto ao poder público?
💥Achados & Perdidos
Hitou (às vezes não, mas deveria)
Olha, se o Renaldo Souza não é o próximo CMO da Ambev, eu não sei mais quem deveria ser. O melhor marketing de boteco com muito bom humor que você vai ver hoje:
Quem Procura, Acha 🙈🙉🙊
Achadinhos Inspiradores Veganos Gourmet
Começamos a newsletter falando de tendência. E tem mais:
▪️ Faux out of home (FOOH): O nome chique da tendência de uso de CGI em outdoors que levanta debates éticos. Por B9
▪️ Recessão da Amizade: pesquisadores percebem um declínio nas relações humanas. Estamos mais sozinhos do que nunca? Por El País [🇪🇸]
👂 O que você Acha?
Na enquete de hoje, eu quero saber:
Último recado: A voz do povo é a voz de God, meninas. E vcs votaram na última enquete sobre o tamanho do Achadinhos. Embora a maioria tenha votado que está num tamanho adequado, eu dei uma leve reduzida porque algumas pessoas também acharam a última edição grande demais.
Cabô por hoje. Um beijo & um queijo. Té sexta!